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Mesmo na crise, pode-se inovar

sábado, 5 de fevereiro de 2011

X
Kylie
Novembro 2007
Parlophone
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Entre os quatro CDs que comprei, tive vontade de revisitar X, de Kylie Minogue. E por lá tem ficado, no meu discman.

Corria o ano de 2007 e recordo-me da enorme expectativa com que recebi este álbum, sucessor dos geniais Fever e Body Language. Mas houve desilusão. X (título alusivo ao 10º trabalho de originais) parecia tudo menos coerente. Porque, afinal, é isso que se espera, quando se ouve um álbum: coerência.

E neste caso concreto, Kylie parecia estar a sofrer uma espécie de crise de identidade, tentando perceber a direcção para onde queria seguir - ou melhor, tentando seguir várias direcções em simultâneo. Do indie ao RnB, da electrónica ao eurodisco e com umas paragens na secção "balada sem sal", X é como um puzzle com defeito de fabrico: as peças não encaixam.

Algo que, para alívio de muitos, não voltaria a acontecer: Aphrodite (2010), seu sucessor e o mais recente da cantora australiana, prima pela coerência e por uma produção de mestre - de seu nome, Stuart Price.

Agora, o mais curioso é que, embora Aphrodite seja muitíssimo melhor que X, não consegue aquilo que este conseguiu: dar à luz canções de particular relevância.
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E aqui chegamos à parte boa do álbum em questão: nele estão contidos algumas das experiências sonoras mais interessantes de Kylie. Exemplos como Like a Drug, Speakerphone e Nu-di-ty devem ser colocados no mesmo compartimento onde estão os revolucionários Can't Get You Out Of My Head e Slow.
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Porque é isso que Kylie tem conseguido fazer, especialmente nestes últimos 10 anos: proporcionar música pop de qualidade e, acima de tudo, inovadora. E ainda bem.


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